sábado, 28 de março de 2009

A vida pode ser mais confusa do que pensamos. Durante boa parte de nossos anos vividos, buscamos respostas para coisas que nem sempre possuem uma resposta. Somos criados, ensinados a sempre buscar respostas para nossas perguntas, angustias, medos, felicidades, sensações, sonhos...
Vale a pena obter respostas para essas perguntas ou para tantas outras? É válido obter as respostas ou é válido deixar as águas rolarem para ver até onde elas chegam, ver no que resultam?
Sabemos que as águas nascem em uma nascente, neste caso nosso inconsciente, e segue seu rumo por nosso sub-consciente, pelo caminho ela agrega a seu curso, restos de pensamentos, fragmentos coisas perdidas, ou coisas que simplesmente naufragaram no curso de água. Ainda seguindo seu curso pelos canais de nosso corpo, desembocando nas várias terminações nervosas que temos em nosso corpo, por termos inúmeras terminações nervosas ela pode se transformar em lágrimas de tristeza pela perda de alguém, lágrimas de alegria por reencontrar pessoas queridas, frio na barriga de nervosismo e/ou ansiedade antes de encontrar seu amor ou e entrar no palco, arrepio, mas aquele arrepio q percorre nossa coluna e deixa os pelos todos ouriçados só de sentir sua respiração na minha nuca... Temos muitas formas de expor nossas dúvidas e de procurarmos nossas respostas. Eu continuo no fluxo das águas em busca das minhas respostas e do meu porto seguro.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Teorias de um Clown sobre a Vida
(Para o Tamanduá dos Girassóis Brilhantes)

Temos a vida em três caixas
Cada qual com sua cor
tamanho, cheiro, sabor
Primeiro a grande e vistosa
De um tom amarelo claro
Sem cheiro sem nem sabor
Gasta já de muito aberta
Esconde os dias diários
Insossos e repetidos
De memórias tão iguais
São memórias não lembradas.
Cheira a nada mas poeira
Não vejo porque é tão vista
Só pode ser o tamanho
Amada é a caixa errada.
.
A segunda não é grande
de tamanho mas de importância
Ela rege o inesperado,
a surpresa e é azul.
A perfumes ela cheira
De várias intensidades
Não se sabe o que esperar
Assim como o paladar
Mas é melhor desse jeito
É a caixa cumprindo a sua
função, sem isso seria
Mais uma primeira apenas.
É cheia do mais pesado
bom ou ruim não importa
pesa muito o inesperado
e deixa muita memória.
.
A terceira é a menorzinha
Quase uma caixa de anel
por ela pouco se dá
mas é onde o ouro está.
Guardada preciosidade
minha essencia pessoal
libera o triste e o insano
e o apaixonado e o feliz
e o exagerado e o brilhante.
Quando aberta tudo ocorre
tudo o que chamam loucura.
É a mais bela das três caixas
Mais valiosa é importante.
Tem as cores de um espelho
e o cheiro do melhor cheiro
na imaginação criado
cheiro de infância, velhice,
adolescente e adulto,
o aroma da minha vida.
O gosto não sei dizer,
é tão pequena a terceira
que não arrisquei nem provar,
durará pois para sempre.
É a caixa menos aberta
em todos menos em mim
encontrei o prazer em
abri-la só e deixar
uma loucura correr
essa loucura que é estar
verdadeiramente vivo.
(João Henrique Eugênio)

sexta-feira, 13 de março de 2009

NA MINHA PRÓXIMA VIDA

Por Woody Allen

Na minha próxima vida, quero vivê-la de trás para frente. Começar morto para despachar logo esse assunto. Depois acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiadamente saudável, ir receber a aposentadoria e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia. Trabalhar por 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo, e depois estar pronto para o secundário e para o primário, antes de virar criança e só brincar, sem responsabilidades. Aí viro um bebê inocente até nascer. Por fim, passo 9 meses flutuando num spa de luxo com aquecimento central, serviço de quarto à disposição e espaço maior dia a dia. E depois -Voilà! - desapareço num orgasmo.

Quando já fizemos tudo o que deve ser feito e não conseguimos chegar onde queremos, a única saída é a entrega.

terça-feira, 10 de março de 2009

♪ Eu vou me banhar de manjericão
Vou sacudir a poeira do corpo batendo com a mão
E vou voltar lá pro meu congado
Pra pedir pro santo
Pra rezar quebranto
Cortar mau olhado

E eu vou bater na madeira três vezes com o dedo cruzado
Vou pendurar uma figa no aço do meu cordão
Em casa um galho de arruda que corta
Um copo dágua no canto da porta
Vela acesa, e uma pimenteira no portão

É com vovó Maria que tem simpatia pra corpo fechado
É com pai Benedito que benze os aflitos com um toque de mão
E pai Antônio cura desengano
E tem a reza de São Cipriano
E têm as ervas que abrem os caminhos pro cristão. ♪

domingo, 1 de março de 2009

“Almas livres escalando sonhos (Im)possíveis”

Todo sonho é possível
Se ainda não percebeu.
Se sonho que beijo,
Me desculpe, mas aquele beijo,
Sempre foi e será meu.
Tenha certeza
Que esse meu beijo
Num futuro próximo
Ou passado roubado
Decerto já me aconteceu.
Portanto, lhe peço,
Caro amigo,
Que abra bem seus olhos
Porque ao impossibilitar sonhos
Muita alma livre
De falta de amor
Morreu.
( João Henrique Eugenio )