domingo, 31 de outubro de 2010
Palavras ao vento
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Monólogo de um Apaixonado...
terça-feira, 27 de julho de 2010
O Que é Uma Mulher?
Pensou e tentou responder de todas as formas possíveis, mas não se dava por satisfeito, então, ao chegar em casa de noite resolveu tentar responder na prática o que é uma mulher, tomou um banho demorado, ficou de pé em frente ao espelho buscou seu estojo de maquiagem e começou a se maquiar, mas a se maquiar como uma mulher, uma mulher que talvez naquele instante estivesse se preparando para sair na noite, esse processo pra ele parecia que para elas era um ritual, um ritual de embelezamento de valorização do belo. Ele cuidou de todos os detalhes, dos olhos, das sobrancelhas, cílios, rosto, nariz e por último a boca, nessa parte ele escolheu um batom bem vermelho, passou, tirou o excesso, buscou em seu baú de figurinos e acessórios uma peruca, uma peruca morena de cabelos longos, penteou ela, colocou, penteou mais uma vez, ajeitou e se olhou no espelho.
Ali, ele ator, agora, ele vestido de mulher, pode perceber que todo homem tem um pouco de mulher, tem alguns traços, alguns jeitos, mas percebeu que uma mulher é, um ser de beleza, de sensualidade, mesmo ele com todos aqueles traços masculinos, via no seu rosto uma mulher que não era ele, talvez fosse se não tivesse nascido homem, ou então tivesse sido em alguma outra encarnação. Será que naquele instante ele finalmente respondeu, afinal, o que é uma mulher?
terça-feira, 20 de julho de 2010
Velhos Novos Amigos
Você pode ter o prazer de se lembrar dos momentos mais bobos da sua infância como também dos mais sério, como na vez que você teve catapora ou caxumba e teve que faltar na escola e ficar de cama para repouso, que você pode se lembrar nitidamente no rosto e dos nomes dos seus “amiguinhos” de pré escola, do seu primeiro flerte trocado com alguém da sua escola durante o intervalo, de poder sentir neste exato momento suas bochechas ficarem rosadas como ficaram naquele dia. É bom poder saber que você no meio de toda uma louca corrida contra o tempo ainda pode relembrar coisas que já foram engolidas por ele.
É bom saber que você está assim, ao menos você sabe que pode sentar-se em uma cafeteria, tomar um cappuccino e correr o risco de começar uma conversa com a senhora que está na mesa ao lado, descobrindo coisas sobre a vida dela e também da sua, de descobrir que vocês tem coisas em comum e que um dia qualquer podem voltar a se encontrar, no mesmo café, em outro ou até mesmo no fim de algum espetáculo musical.
Saber que você é capaz de ouvir e perceber quando a pessoa ao seu lado está disposta a se abrir e a te conhecer, e por que não te ajudar e depois de um tempo chegam mais pessoas e você descobre que as pessoas que estão ali na mesa, ao seu lado, estão revivendo um encontro de ex-funcionários de uma grande empresa, e que entre uma lembrança ou uma nova notícia, algum deles vira e pergunta sobre você, você até pouco tempo desconhecido pelas pessoas que passavam por ali, agora reconhecido por aqueles seis amigos que depois de dez anos se reencontraram para poderem perceber que amizade que existia ainda existe, mesmo que cada um tenha tomada um caminho diferente do outro, hoje todos estão ali para ajudar aquele “velho amigo” que, na verdade, continua sendo aquele novo amigo de dez anos atrás.
E que agora por aquelas horas você faz parte daquele circulo, mesmo que apenas naquele momento você é o “novo amigo” daqueles “velhos amigos”.
terça-feira, 13 de julho de 2010
O meu ou o seu Umbigo!?
Tenho a nítida sensação de fazer parte desse lugar, mas ao mesmo tempo me sinto um verdadeiro estranho no ninho.
Tive que sair, tive que arriscar para entender o real significado de muitas coisas que antes faziam parte da minha rotina e agora ficam apenas nas minhas saudosas lembranças.
Às vezes me pego meio tristonho, meio depressivo, meio que inteiramente sozinho na metrópole.
Como é sentir-se sozinho, mas ao mesmo tempo estar rodeado de quase meio milhão de pessoas de uma das maiores metrópoles do mundo?
Simples! Aqui, como diria o poeta Cazuza "o tempo não para" e também não anda devagar, aqui ele corre, e nesta exceção é ele, o tempo, que corre da gente e ironicamente não nós que corremos dele.
O tempo é cruel, ele isola as pessoas, não deixa que elas sorriam ou sonhem enquanto andam pelas ruas recheadas de informações, cores, cheiros e amores.
Ele não deixa que as pessoas simplesmente se olhem, se escutem, que elas se permitam.
Que as pessoas permitam-se chorar, sorrir, cantar, dançar, se expressar perante o mundo e perante elas mesmas.
Será que esse tempo bloqueia as pessoas ou são as pessoas que bloqueiam o tempo?
Dúvidas e respostas passaram um grande tempo buscando e desbravando nosso pequeno mundo atrás de respostas que nos mostrem que o mundo é bem maior que nosso pequeno e egoísta umbigo.
Então, você, pessoa...Pare de andar pela rua olhando para o próprio umbigo e passe a olhar o umbigo dos outros.
domingo, 31 de janeiro de 2010
E pensando em tudo, a gente descobre novos pensamentos que substituem alguns dos outros velhos pensamentos, substituem, mas não apagam. Assim como não se apaga a decepção pelas pessoas, mas o que são as pessoas?
São seres pensantes, que andam, correm, caem, levantam-se, choram, riem, sonham...sonham sonhos que também somem no meio dos pensamentos, ser humano realmente é uma caixinha de surpresas, nos surpreendem a cada nascer e morrer do dia.
Pessoas, coisinhas monstruosas, não vejo as pessoas como a imagem e a semelhança de Deus as vejo como monstrinhos criados no ninho, monstrinhos que podem ser gentis mas que também podem a qualquer momento te arrancar o coração e se duvidar até a alma.
Com isso, com esse peso de uma decepção, passo a respirar um ar mais denso, afinal apreendi mais uma lição...
Agora tenho mais medo desses monstrinhos, medo de tentarem mais uma vez arrancar algo de mim, dá última vez um monstrinho tentou arrancar um sonho mais não conseguiu, afinal esse sonho tava tão bem plantando dentro da minha cabeça e enraizado em meu travesseiro que sua tentativa não fez nem cócegas, fez pelo contrário uma ferida, daquelas feridinhas de quando a gente cai e rala o joelho, agora essa feridinha coça pois está cicatrizando, mas confesso que estou morrendo de vontade de meter os dedos e coçar até arrancar a casquinha e deixar aquele pouco sangue escorrer e aliviar o incomodo da coceira.