quinta-feira, 30 de abril de 2009

Feriado de páscoa, quinta – feira santa, estávamos eu e ela no apartamento, família toda reunida, momento de relembrarmos um passado distante e discutirmos um futuro não muito distante. Estávamos nos sentindo presos, vendo a lua cheia da sacada, até que decidimos ir a beira mar, pois a lua nos convidava a encontrá-la, descemos, caminhamos menos do que imaginávamos, atravessamos a avenida chegamos ao calçadão, paramos, olhamos a lua e seu reflexo no mar, tiramos nossos chinelos, nos demos às mãos e caminhamos juntos pela areia, nos sentamos e observamos o quão majestosa estava a lua, conversamos sobre a vida, sobre as pessoas que aparecem nos nossos caminhos, até que a lua nos chamou, paramos e ficamos estáticos, ela chamou mais uma vez e nos convidou para brincar.
Nos entregamos a sua brincadeira, rimos como verdadeiras crianças que nunca deixamos de ser, até que tivemos a idéia de molhar nossos pés nas águas geladas do mar. Incentivados pela lua caminhamos mar adentro, ficamos com água até o tornozelo, mas o que não sabíamos é que tinha mais gente querendo brincar conosco. A lua com seu encanto convidou para brincar Mãe Iemanjá, que nos mandou um onde que nos molhou até a cintura, ao invés de ficarmos bravos, rimos e nos sentimos privilegiados com a presença dela, pois sabemos que ela veio lavar nossos caminhos para que pudéssemos caminhar tranqüilos pela vida. Ainda mais agora banhados com a sua benção. Odoyá Mãe Iemanjá.

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