terça-feira, 20 de julho de 2010

Velhos Novos Amigos

E daí você num belo dia de sol ao sair de casa sente aquele vento morno que te provoca arrepios e é nesse instante que você tem certeza de que está vivo e pulsante, de que você ainda pode ser capaz de suspirar nem que seja por uma lembrança, mas você pode.

Você pode ter o prazer de se lembrar dos momentos mais bobos da sua infância como também dos mais sério, como na vez que você teve catapora ou caxumba e teve que faltar na escola e ficar de cama para repouso, que você pode se lembrar nitidamente no rosto e dos nomes dos seus “amiguinhos” de pré escola, do seu primeiro flerte trocado com alguém da sua escola durante o intervalo, de poder sentir neste exato momento suas bochechas ficarem rosadas como ficaram naquele dia. É bom poder saber que você no meio de toda uma louca corrida contra o tempo ainda pode relembrar coisas que já foram engolidas por ele.

É bom saber que você está assim, ao menos você sabe que pode sentar-se em uma cafeteria, tomar um cappuccino e correr o risco de começar uma conversa com a senhora que está na mesa ao lado, descobrindo coisas sobre a vida dela e também da sua, de descobrir que vocês tem coisas em comum e que um dia qualquer podem voltar a se encontrar, no mesmo café, em outro ou até mesmo no fim de algum espetáculo musical.

Saber que você é capaz de ouvir e perceber quando a pessoa ao seu lado está disposta a se abrir e a te conhecer, e por que não te ajudar e depois de um tempo chegam mais pessoas e você descobre que as pessoas que estão ali na mesa, ao seu lado, estão revivendo um encontro de ex-funcionários de uma grande empresa, e que entre uma lembrança ou uma nova notícia, algum deles vira e pergunta sobre você, você até pouco tempo desconhecido pelas pessoas que passavam por ali, agora reconhecido por aqueles seis amigos que depois de dez anos se reencontraram para poderem perceber que amizade que existia ainda existe, mesmo que cada um tenha tomada um caminho diferente do outro, hoje todos estão ali para ajudar aquele “velho amigo” que, na verdade, continua sendo aquele novo amigo de dez anos atrás.

E que agora por aquelas horas você faz parte daquele circulo, mesmo que apenas naquele momento você é o “novo amigo” daqueles “velhos amigos”.

3 comentários:

  1. Credo o.O achei que isso só acontecia comigo hahahaha de lembrar das mazelas passadas de pequenas doenças na infância, de conversar fiado sempre com quem tá do lado, mineiro é fogo hahahahaha, e sempre trombando com "velhos novos amigos", do time de futebol, da equipe de atletismo, da escola, de outros empregos, alguns de outras vidas eu acho hahahaha, tá "loko", mas o mais legal é que sempre ouço falar da distância, a distância é isso é aquilo, e por experiência posso dizer, a distancia está a 5 minutos de re-conversa :D!

    Enfim, salve Jorge, salve simpatia hahahaha (^_^)v

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  2. Eu lembro de quando peguei catapora!!!! hahah
    Adorei o seu blog!! Visitarei sempre!

    Bjss

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  3. O tempo realmente é relativo. A amizade é absoluta. Ótimo texto.

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