quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

My Dear...(2*)

Cidade qualquer, 11 de dezembro de um ano qualquer.

O dia está estranho hoje. Parece que me falta alguma coisa, alguma parte. Acho que é porque não o vi essa manhã.Estranho, uma pessoa fazer tanto sentido na sua vida se você nem a conhece direito. Mas já estou tão acostumada com a presença dele ali, todos os dias sentado ao meu lado no ônibus, sim, incrivelmente, coincidência ou não, sentamos todos os dias um ao lado do outro, são raras às vezes em que temos que sentar em bancos diferentes. Parece que todas as pessoas do ônibus conspiram para que nosso encontro sempre seja realizado. Mas hoje, ele não estava, o procurei por todo o ônibus e não o encontrei.Acho que por causa disso q meu dia está estranho e tão vazio.
Parece se repetir como o dia de ontem, o dia parecia ser o mesmo a não pelo fato de que eu não fui para o trabalho, estar me sentindo tão vazia, incrédula e precisando desabafar, descarregar aquilo que eu sentia.
Em um click, puxei a campainha do ônibus e desci em fronte à rodoviária, fui ao balcão de uma empresa qualquer e comprei uma passagem para alguma cidade do litoral. Embarquei. Depois de uma hora de viajem cheguei à rodoviária. Desci do ônibus, e fui rasgante para a beira da praia, como não conhecia ninguém ali naquela cidade e única coisa com que eu me identificava era o mar. Fui, cheguei à orla, parei como se alguma coisa bloqueasse meu passo seguinte para chegar até a areia.
Sem entender o porque daquilo, sentei na orla e comecei, como se minha cabeça rebobinasse minha vida da frente pra trás. Relembrei momentos, que me fizeram perder a fé nas pessoas, que me deixaram incrédula para assuntos que não gosto de pensar, que pra mim são perda de tempo. Compreendi ali de frente pro mar o porquê de não conseguir chegar onde queria.
Percebi ali de frente para o mar, de frente para um lugar em constante transformação que os únicos sentimentos que ali devem estar são os bons, posso até chegar com os mais terríveis Mas será ele o mar, com toda sua força e poder que irá levar, como quando ele leva o que está escrito nas areias pro fundo do mar.
Respirei, levantei do calçadão dei o passo e conseguir sentir nos pés, a areia fofa da praia, dei mais alguns passos, fiquei a beira da água, meus pés foram tocados pela água, sentia que aquela água estava levando consigo tudo aquilo que eu não queria mais. Agora entendo o porquê tenho tanto respeito pelo mar... e por quem tem ele como morada. Odoyá minha mãe Iemanjá. Salve o MAR!


Pessoa qualquer.


“Veio de manhã molhar os pés na primeira ondaAbriu os braços devagar e se entregou ao vento o sol veio avisar que de noite ele seria a lua, pra poder iluminar Ana, o céu e o mar ...”

2 comentários:

  1. lin...

    lin o começo do ônibus... achei tudo!

    lin o final do mar!

    creio mesmo que a água seja algo que nos purifique, seja do mar, seja da chuva... o importante que é água... water... waguater... =)

    adorei!

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  2. faz favor de me linkar ai do lado seu chato?!

    to com saudadeeeeeeeeeeee

    terminei tudooo
    temrinei meu namoro, tudo vermelho de novo....

    nhoc

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